O prémio Startup do Ano desta edição da Portugal Mobi Summit foi para o projeto evio - Electrical Mobility. No pódio ficaram ainda Wyze Mobility e Sensefinity.
A evio - Electrical Mobility foi considerada a Startup do Ano da edição de 2020 da Portugal Mobi Summit. Ligada ao carregamento de veículos, esta startup disponibiliza uma plataforma que permite ter acesso a todos todos serviços, carregar a viatura em qualquer sítio, monitorizar os pontos de carregamento, fazer reservas ou receber notificações. "Acima de tudo é o reconhecimento do trabalho que temos feito e representa também a oportunidade de nós crescermos e expandirmos e rapidamente endereçarmos o mercado de uma forma ainda mais rápida. Nós temos uma ambição grande. Nós temos um road map para entrar e vários países da Europa e depois internacionalizar também. Por isso, a ambição está lá. Sonhamos com isso todos os dias", declarou Carlos Almeida, da evio, depois de receber o prémio.
Esta startup, como vencedora, vai receber uma bolsa monetária, no valor de cinco mil euros, atribuída pelo Global Media Group e destinada ao desenvolvimento do projeto. "O prémio é meramente simbólico, mas é um estímulo. Sendo nós um grupo com antiguidade – temos várias marcas centenárias, o Diário de Notícias tem 156 anos e Jornal de Notícias tem 133 – somos um grupo com marcas antigas, mas que aposta permanentemente na inovação. E é por isso que disputamos a liderança no digital. Portanto, inovação é qualquer coisa que nos diz respeito e, sendo simbólico, este prémio monetário é, do nosso ponto de vista, um estímulo para que mais startups se posicionem e venham a terreiro mostrar aquilo que valem e, sobretudo, aquilo que projetam no futuro", explicou Afonso Camões, administrador do Global Media Group.
A vitória dá ainda à evio a entrada na EDP Starter. "É uma comunidade que tem 200 startups e PME tecnológicas, que trabalham num universo de inovação aberta no grupo EDP, com acesso às unidades de negócio do grupo EDP nas várias geografias onde estamos presentes, às 19 geografias onde estamos presentes, em quatro hubs de inovação que temos em Lisboa, Madrid, São Paulo e Estados Unidos. E é depois um programa onde têm acesso a um conjunto de programas seminários, de talks, mas também mentores da EDP, a um conjunto de parceiros da comunidade – Amazon, Microsoft -, a um conjunto de capitais de risco, aceleradores, incubadoras. O que queremos é potenciar o desenvolvimento da venture, neste caso. E que o finalista premiado possa beneficiar deste ecossistema", avançou Gonçalo Castelo Branco, diretor de Mobilidade Inteligente da EDP.
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O segundo lugar foi atribuído à Wyze Mobility, que oferece um serviço de mobilidade sustentável e partilhada de scooters elétricas. Neste momento, estão presentes em Lisboa querem expandir-se.
O terceiro lugar do pódio distinguiu a Sensefinity, uma startup que através de um sensor monitoriza toda a cadeia de distribuição de bens.
Os cinco finalistas deste concurso – além das três startups distinguidas, estão ainda neste grupo a Live Electric Tours e a Meight – recebem um bilhete individual para a Web Summit, atribuído pela Startup Portugal. "Por si só, o processo de concorrer a um prémio destes cria valor para a própria empresa, porque elas quando concorrem são obrigadas a compilar aquilo que é a proposta de valor e a resumirem-no e a transmitirem-no a um júri. E isso é um processo que internamente deve ser feito com regularidade, o que é logo por si só uma vantagem. Depois, a exposição mediática. Uma das coisas que mais custa para uma startup é ter visibilidade e, mesmo sem terem ganho o prémio, ao participarem já tiveram uma visibilidade enorme, porque quem se candidata acaba por ter exposição nos media, acaba por ser visto por outros. E, por último, a questão de fazerem parte da comunidade EDP Starter, de receberem um prémio monetário ou de irem à Web Summit é tangível. Muitas destas empresas têm recursos muito limitados e portanto, embora seja simbólico, na verdade faz a diferença. Pode fazer a diferença entre terem mais uma campanha online, pode fazer a diferença entre terem mais uma aquisição de equipamento que lhes faça falta, e isso é importante nesta fase embrionária das empresas", referiu João Borga, diretor-executivo da Startup Portugal.