O concurso mundial de startups chegou a Portugal e procura respostas para a mobilidade urbana

2021
31-05-2021

Get in a Ring desafia empreendedores a desenvolver soluções para os problemas reais de mais de 200 cidades. Abrantes, Angra do Heroísmo, Braga e Fundão são as autarquias portuguesas que irão beneficiar com os proj

Get in a Ring desafia empreendedores a desenvolver soluções para os problemas reais de mais de 200 cidades. Abrantes, Angra do Heroísmo, Braga e Fundão são as autarquias portuguesas que esperam beneficiar com os projetos vencedores.

Get in a Ring é considerada a maior competição de startups do mundo e vai acontecer pela primeira vez em Portugal. A data da final portuguesa está marcada para 9 de junho, dia em que as soluções serão apresentadas num num ringue de combate online com as empresas a disputar não só o voto do público como a preferência dos municípios e do painel de jurados. Com mais de duas centenas de cidades envolvidas, a iniciativa é promovida pela Building Global Innovators (BGI), uma aceleradora global de tecnologia e de inovação com sede em Lisboa e centro de operações em Cambridge. O concurso, em Portugal, permitirá aos empreendedores apresentar projetos-pilotos para responder aos desafios de mobilidade lançados pelos municípios de Braga, Fundão, Abrantes e Angra do Heroísmo. Cada cidade definiu as suas prioridades assentes em duas grandes vertentes – redução da pegada de carbono e aumento da qualidade de vida dos residentes. Braga, por exemplo, quer reforçar a segurança de peões e ciclistas. Fundão, por seu turno, procura otimizar a rede de transportes em áreas despovoadas. Abrantes e Angra do Heroísmo, por fim, pretendem captar mais utentes nos seus autocarros (ver caixas em baixo). As candidaturas, focadas na inovação e sustentabilidade, foram apresentadas até 16 de maio e agora é a vez da Building Global Innovators selecionar 10 finalistas, com entrada direta num programa com mentores da Incubadora Vodafone Power Lab. São estas as startups que irão participar também no combate online a decorrer a 9 de junho no site https://getinthering.co/ e de onde sairá o projeto vencedor para cada cidade. Os quatro finalistas ganham um prémio monetário de cinco mil euros e irão depois competir entre si pelo título nacional. O eleito ganha a oportunidade de representar Portugal na Final Global da Get In The Ring, com a presença de mais de 220 municípios. Patrocinada pela EIT Urban Mobility, rede de inovação em mobilidade da União Europeia, a iniciativa culmina com a consagração do vencedor mundial, que contará com o apoio da BGI para captar novos parceiros, clientes e investidores. Esta última etapa, no entanto, ainda não tem nem data nem local agendados.  

Os desafios dos quatro municípios

  [one_second]BRAGA Estando impossibilitado de construir novos acessos rodoviários – devido a limitações orçamentais -, a autarquia quer encontrar soluções nas estradas existentes que permitam peões e ciclistas conviverem em segurança com o tráfego automóvel. Os planos de mobilidade, no entanto, não poderão comprometer a fluidez do trânsito, adverte o município, relembrando que a cidade é ponto de partida e de passagem entre os concelhos vizinhos, ligações consideradas "vitais" para a capacidade produtiva da região.[/one_second] [one_second]FUNDÃO Com 23 freguesias e 61 povoações, Fundão tem metade da população a viver afastada das zonas urbanas e sem acesso serviços regulares de transporte público. Com um tempo médio superior a 30 minutos para chegar ao centro da cidade, podendo ultrapassar uma hora, os idosos e os estudantes são os grupos mais afetados. O desafio passa, como tal, por identificar soluções de mobilidade que correspondam às necessidades das populações a viver nas áreas de baixa densidade.[/one_second] [one_second]ABRANTES A autarquia quer introduzir soluções que permitam atrair mais passageiros, incluindo residentes e turistas, no miniautocarro aBUSa. O desafio passa sobretudo por encontrar respostas que melhorem a circulação dos veículos nas estreitas artérias do centro histórico de Abrantes. O aBUSa foi a alternativa de transporte encontrada pela câmara municipal para combater o tráfego automóvel e a consequente poluição atmosférica e de ruído.[/one_second] [one_second]ANGRA DO HEROÍSMO Definir um modelo de transporte público mais atraente é o ponto de partida para subir a sua utilização em 50% e reduzir para metade o número de automóveis no centro da cidade. A autarquia espera que essas metas possam ser alcançadas através da otimização de horários e percursos numa rede municipal, abrangendo nove freguesias urbanas, e outra intermunicipal a ligar Angra do Heroísmo e Praia da Vitória.[/one_second]

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