
Carlos Moreira: “Carregamento das frotas vai acontecer sobretudo na empresa e em casa”

O administrador da EDP Comercial, Carlos Moreira, considera que será no trabalho e em casa que vai ocorrer uma parte muito importante do carregamento elétrico das frotas. Até porque é a solução mais barata. A empresa tem uma app que permite perceber o custo real da experiência.
A EDP tem vindo a trabalhar em soluções, como a aplicação digital EDP Charge, uma app que permite gerir o carregamento do veículo elétrico em casa, no trabalho e na estrada durante as deslocações. O administrador da EDP Comercial salientou em entrevista Portugal Mobi Summit, que esta aplicação permite uma “total transparência dos carregamentos que as pessoas fazem na rede pública, e muito em breve, também em casa e no escritório, para dar mais transparência sobre o que é o custo real que está a acontecer no omento em que se está a carregar o veículo”.
“Quer as empresas, quer os consumidores podem fazer a transição de uma maneira confortável, sem impactos, quase tão conveniente como é hoje usar um carro a combustível. Hoje, o carregamento de um carro elétrico é mais barato do que a alternativa de combustível, mas de facto, muitas vezes, as pessoas carregam em casa, no escritório ou na rede pública e não é totalmente evidente esse custo”, explicou Carlos Moreira, que acredita que “uma percentagem muito importante do carregamento das frotas empresariais, mas também das frotas pessoais vai acontecer no trabalho e em casa”.
O administrador da EDP Comercial salientou o “papel central” das frotas elétricas no processo de eletrificação da mobilidade, lembrando que "o seu peso na pegada carbónica do transporte é de cerca de 50%”. Por isso, "falar de eletrificação e não falar do papel que as frotas têm é deixar uma parte muito importante do problema fora da equação”, considerou.
Neste caminho para alcançar as metas de redução das emissões de carbono, Carlos Moreira destacou a importância “do próprio exemplo que as empresas dão”. “Não nos podemos esquecer que as frotas são feitas de pessoas individuais e as empresas mostrarem um compromisso e garantirem também que os seus colaboradores têm as condições para fazer a eletrificação da sua mobilidade é crítico”.
Carlos Moreira referiu ainda que “muitos dos carros empresariais acabam por voltar ao mercado de usados, o que ajuda a acelerar o processo de eletrificção do parque automóvel não só no imediato, mas, quando pensamos a três ou cinco anos, vai trazer uma segunda vaga de carros usados mais baratos, mas que já são elétricos”.