Inovação TUGA ganha atenção da indústria

A empresa de Cascais TUGA Innovations está a desenvolver um veículo elétrico que entrou numa lista exclusiva das dez melhores Startups da mobilidade mundial.

O veículo concebido por uma empresa de Cascais entrou numa lista das 10 melhores ideias mundiais no setor da mobilidade, publicada por uma organização com grande influência em toda a indústria, a StartUs Insights. Num relatório que identifica as dez melhores inovações, "10 Top Mobility Startups to Watch in 2023", surge este carro nacional, o TUGA, da empresa luso-canadiana TUGA Innovations. Ainda em fase de protótipo, a máquina permitirá criar um sistema de deslocação para o público, mas também está prevista a sua produção individualizada.

Segundo notícia da Sapo Tek, o segundo protótipo está neste momento a ser concluído e a empresa tenciona divulgá-lo no início do próximo ano. A pré-produção dos primeiros veículos para venda deverá começar em 2025. O TUGA é um pequeno carro elétrico para a cidade com serviço de subscrição e dois lugares, dirigido para o mercado de luxo. Tem três rodas, pode ser transformado e possui software evoluído. Liderada por César Barbosa e John Hagie, a empresa tem duas dezenas de especialistas, é multidisciplinar e, entre os seus conselheiros, destaque para o ex-CEO da TAP, Fernando Pinto.

O veículo tem pequena dimensão, mais ou menos a largura de uma motorizada, por isso é extremamente flexível a navegar num ambiente de trânsito urbano denso. Às vantagens ambientais junta-se o benefício de tempo que não se desperdiça em filas paradas. Por isso, não se trata apenas de um veículo elétrico convencional, mas de uma solução de mobilidade para grandes cidades, que poupa tempo e melhora a qualidade de vida do proprietário.  

A marca TUGA significa Transporte Urbano de Grande Autonomia. Citados em notícia de Sapo Tek, os responsáveis da empresa explicam que não querem competir com as marcas estabelecidas de carros elétricos nas gamas média ou baixa. O foco está numa utilização que inclui serviços de subscrição e, portanto, estará em patamares mais exclusivos. A prioridade não será vender veículos em grande número, mas satisfazer uma procura sofisticada, com um sistema de franchising internacional, à maneira dos clubes. A ideia é fixar uma clientela que queira inovação e sustentabilidade.

Este veículo com serviço de mobilidade será dispendioso e de elevada qualidade, não competindo com a produção em série de empresas de automóveis elétricos mais baratos e com margens baixas. A startup portuguesa quer ter uma marca reconhecida e tenciona operar nas grandes capitais do planeta.

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