
Pedro Oliveira: “Ambição da Nova SBE é ser neutra em carbono em 2040/2045”

Diretor da Nova SBE explicou que a aposta da escola na sustentabilidade passa e passará por coisas como a produção própria de energia, mas também na aposta na investigação e em parcerias com instituições com Harvard ou o MIT.
Pedro Oliveira, diretor da Nova SBE, deu as boas-vindas aos presentes e frisou que os temas que serão discutidos nesta sexta edição do Portugal Mobi Summit, e que a esta faculdade recebe hoje e amanhã, são muito importantes “para uma escola que tem crescido como nós temos crescido”, nomeadamente em termos de reconhecimento internacional, comprovado pelo número de alunos estrangeiros, mas também pelas classificações conseguidas em vários rankings.
No que diz respeito a alunos, Pedro Oliveira chamou atenção para a presença de cerca de seis mil alunos de grau na Nova SBE, mas também cerca de nove mil participantes em programas de formação executivos. Entre estes alunos, em termos de mestrados, 72% dos estudantes são estrangeiros, com uma larga predominância de alunos europeus - por exemplo, 1250 alemães no campus e 450 italianos. No total do campus, a Nova SBE tem hoje 55% de estrangeiros.
“E, portanto, temos obviamente uma responsabilidade grande no que respeita a temas como mobilidade sustentável, smart cities, transição energética, os temas que vamos aqui hoje discutir. E, por isso, é um prazer ter-vos aqui porque o tema diz-nos muito. Estamos numa escola que está a crescer, e que vai continuar a crescer, felizmente tem-se vindo a afirmar também pelo reconhecimento internacional também nestes temas”, referiu o diretor da Nova SBE.
Este responsável alertou também para o facto de, atualmente, a questão da mobilidade também já ser tida em conta na construção de rankings de faculdades, “e, felizmente, a nossa escola, também em termos de rankings internacionais, tem-se vindo a afirmar”. Neste sentido, Pedro Oliveira destacou algumas das distinções recebidas pela escola, como “o nosso mestrado de Finanças é hoje 11.º no mundo, o nosso mestrado de Gestão é 15.º no mundo, o nosso mestrado do CEMS é 11.º também no mundo num outro ranking, estes primeiros eram do Financial Times. A nossa formação de executivos subiu de 22.ª para 11.ª, o nosso MBA subiu 21 também no ranking do Financial Times”.
Frisando mais uma vez a importância da sustentabilidade para esta escola, Pedro Oliveira avançou que “a ambição da Nova SBE é ser neutra em carbono até 2040/2045 nos vários âmbitos”. “No âmbito 1 e 2, o consumo de energias e fontes fixas, na realidade vamos ser até 2026, e estes dois âmbitos contribuem para cerca de 9% das nossas emissões”, referiu. “Isto vai ser possível porque vamos ter uma unidade de produção de autoconsumo, aumentamos a produção de energia elétrica no campus através de painéis solares e, para além disso, temos também estado a comprar excedentes de eletricidade a outras UPAC, por exemplo, aqui os Maristas e o campo de padel”.
No que respeita ao âmbito 3, que Pedro Oliveira considera ser o mais desafiador, pois tem a ver com a mobilidade, representando cerca de 91% das emissões da Nova SBE, “temos aqui alguns desafios, mas temos também alguns planos que têm muito de coordenação com a Câmara Municipal de Cascais”. “Tem a ver com deslocações para o campus, tem a ver com o facto de sermos uma escola muito internacional, o que significa que os nossos alunos vêm de longe e nem sempre conseguem viver no campus, e, portanto, isso levanta alguns desafios. Mas estamos a fazer uma estratégia para a neutralidade carbónica também de âmbito 3 para conseguirmos ser neutros em 2040/2045”.
A busca pela sustentabilidade passa também, na Nova SBE, por ser uma prioridade no trabalho de investigação. Mas, também, pela afirmação da escola como líder em algumas áreas. “Um dos instrumentos para fazermos isso vai passar, ou está a passar, pela criação de institutos, que têm como objetivo posicionar a escola como líder em algumas áreas. Uma das áreas é precisamente a área da sustentabilidade, vamos criar um Instituto de Sustentabilidade, como vamos criar um Instituto de Políticas Públicas e Governo, vamos criar um Instituto de Data Digital em Design e estamos, em parceria com a nossa Nova Medical School, que está a abrir um novo campus do outro lado da praia, criar um instituto em envelhecimento ou longevidade, ainda não temos o nome fechado para este instituto”, avançou Pedro Oliveira.
“São todos institutos com grandes parcerias internacionais. Por exemplo, o Data Digital em Design Institute é um instituto que existe em Harvard e que vai, pela primeira vez, ter um ramo fora de Harvard e que vai ser aqui no nosso campus. O Instituto de Políticas Públicas passa por uma colaboração também com Harvard, vamos estender as nossas colaborações com o MIT, uma vez que já temos algumas no âmbito do nosso Lisbon MBA”, prosseguiu o diretora da Nova SBE.
Muitas destas parcerias, segundo este responsável, irão passar “por temas como mobilidade sustentável, smart cities, sustentabilidade de uma maneira mais abrangente, e, portanto, contem com a Nova SBE para estes temas, que são também prioritários para nós”.
Ana Meireles