Apoio à compra de elétricos registou mais de 3 mil candidaturas em 24 horas
Mais de três mil pessoas candidataram-se nas primeiras 24 horas ao programa de incentivos à compra de veículos elétricos. Continua a ser obrigatório entregar um carro com mais de 10 anos para abate, mas o candidato já não precisa de ser dono dele há mais de um ano.
O Governo anunciou esta semana a abertura das candidaturas ao programa de incentivos à compra de veículos elétricos, que prevêm apoios até 4 mil euros para particulares e de 5 mil euros para IPSS, autarquias e autoridades de transportes.
Uma das regras para ter acesso ao apoio é entregar em troca um carro para abate com mais de 10 anos e que seja movido a combustíveis fósseis. Se não tiver um carro nestas condições, ou se tiver, mas não se quiser desfazer dele, pode comprar um para ter acesso ao cheque.
As novas regras explicitadas no site do Fundo Ambiental mostram que já não há período de permanência do veículo abatido na posse do proprietário. Até aqui era preciso comprovar a propriedade há mais de um ano.
O apoio dos quatro mil euros para particulares serve para comprar um automóvel 100% elétrico e novo que custe até 38.500€ com IVA. Se o veículo tiver mais de cinco lugares pode comprar um que custe até 55 mil euros mais IVA.
O Governo explica que o objetivo da obrigação da entrega de carro para abate é retirar da circulação os veículos a combustíveis fósseis.
"Nós queremos descarbonizar, não queremos simplesmente financiar a compra de veículo elétrico. Queremos que isso corresponda a reduzir um veículo de combustão interna. No fundo o que estamos a dar é um financiamento ao abate", explicou Maria da Graça Carvalho, ministra do Ambiente e Energia.
A grande novidade do programa deste ano é que a compra do carro elétrico pode ser feita já com a garantia do financiamento.
Pode fazer-se a candidatura primeiro, sinalizando o veículo que quer comprar e indicando o carro para abate, e ter a validação antes de gastar dinheiro num carro novo.
